quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Poesia Completa - Volume 1


Algumas poesias do próximo trabalho:


"Meu primeiro animalzinho de estimação
foi um jabuti
ele se chamava Clemente.
Certo dia,
dormi com a porta aberta
e ele fugiu para o mundo.
Isto é o que chamamos perda...
ou talvez,sono profundo."

"Tanta coisa
para lembrar de esquecer
e alguma coisa
para rimar com dor
talvez o amor
e não esquecer
de levar um buquê
e crescer."

"Pelas manhãs
não vejo estrelas
espelhadas no oceano
não vejo brilho
não vejo nada
pois a janela está fechada
fechados estão
meus olhos
meus ouvidos
os sentidos fugiram
estou dormindo
acordo tarde
não vejo o sol a pino
que incendeia
espero a noite
e vejo estrelas
afrodisíacas
como só a noite
sabe ser."

"Ela colocou o banco
em frente à janela
e sentou
ali ficou
até que a janela
apaixonou-se por ela
o banco pela janela
e ela por ninguém
ficou ali
como uma pedra."

" encontros interessados
em ampliar suas indagações
acerca do universo dos conteúdos
que incluem dinâmicas gratuitas
de apoio a pontos de vista
contextualizando as possibilidades
de explorar com arte
a discussão sobre transparências"

"Apresenta-se ao lado do caminho
o caminho inverso
a origem publicamente desconhecida
performance secreta da luz
constantes azuis
estrelas nuas...
Lá onde a vista não alcança
e gira a geografia imaginária do andarilho.
Olhos de miragem nos desertos."

Aqui inicio minha histórica jornada
para me tornar um best seller e ganhar muito dinheiro.

elias mouret

domingo, 14 de agosto de 2011

Prece Árabe.

Achei esta postagem navegando pelos blogs dos amigos, ela me lembrou tempos passados e de alguma forma ajudou na minha reflexão pessoal. Espero que tb para vc seja útil. Eu agradeço a Karina Agra que me deixou postar aqui.

"Deus, não consintas que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos dos algozes. Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos. Meu Deus!Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade; se me deres a força, não me tires a sensatez; se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade. Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários, nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo. Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória quando bem sucedido, nem desesperado quando sentir o insucesso.Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar
um progresso maior. Ó Deus! Faze-me sentir que o perdão é o maior índice da força e que a vingança é prova de fraqueza. Se me tirares a fortuna, deixa-me a esperança. Se me faltar a beleza da saúde, conforta-me com a graça da fé. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão. E finalmente Senhor, se eu Te esquecer te rogo, mesmo assim, nunca Te esqueças de mim"

Postado originalmente  em:
karinaagra.blogspot.com





Sobre Refazendas!

"Refazendas" são textos que já publiquei em outro lugar, mas que me agradam e gostaria de compartilhar novamente. Eles tb são uma desculpa para a pouca inspiração atual, são comentários sobre peças de teatro, são má poesia.

eliasmouret


Refazenda 5


Terça-feira, Novembro 2

"Grande parte dos homens não pensa sobre a tempestade ao embarcar!"

Hoje celebramos os mortos...
Os cemitérios estão cheios, nós convivemos com a morte.
Neste lugares, erguemos tumbas de diferentes feitios,
de mármore e barro, cercadas de flores e obras de arte.
Os rituais, que alguns equivocadamente pensam perdidos,
nos trazem um alento indefinido e triste.
Há quem prefira queimar o morto e guardar as cinzas...
Alguns enchem o coração de cinzas por toda vida.
Afastar-se dos rituais de despedida,
não desejar sofrer, não encarar as perdas,
é o caminho de muitos hoje.
Penso que é um caminho equivocado,
assim como é também incorreto, estender o luto
indefinidamente.
Muitos usam o sofrimento da perda, como desculpa
para uma vida mergulhada no nada, na covardia.
Podemos sempre justificar nosso comportamento
citando a nossa dor imensa.
Os rituais existem não só para trazer suavidade
aos vivos, mas também para deixar que
os mortos sigam seu caminho.
Tudo acaba, fenece e se afasta.
Algumas coisas completam sua jornada
dentro da própria vida.
Como um amor que julgamos eterno,uma roupa
que gostamos, um ideal que nos tomou a juventude.
Deixar que cada coisa cumpra sua jornada,
que a flor murche, que os amigos sigam viagem,
é um "sintoma" de sabedoria.
No momento em que escrevo,
tenho em mente as pessoas que perdi
para a vida e para a morte.
Quando deixei que seguissem seu rumo,
dei um primeiro passo para ser livre e viver.
Aqui, não há nenhum elogio da indiferença,
do destino fatalista ( em que não acredito),
do abandono da luta.
Ao contrário, é um convite a uma comprensão
de nós mesmos, dos seres, das coisas,
que permita a vida para além das nossas necessidades.
As pessoas não vieram ao mundo para nos fazer felizes.
Também elas, acredito, trazem a sua lanterna
e tem uma existência desligada da nossa.
É uma relação afetiva, um bem querer, um amar
que aproxima o que necessariamente é diverso.
Nosso coração foi tocado por algo, que nos faz
imaginar sermos donos do objeto que desejamos.
É um engano. O amor, sempre liberta, encanta, eleva.
Na morte,não há indgnidade.
No sofrer, no lamento, na tristesa, não há vergonha.
Indigno e vergonhoso, pode ser o nosso comportamento
diante das perdas, e do acabar.
Os pássaros são mais livres no ar...
e quando estão voando, nem por isso
deixamos de pensar que são nosssos.
Coisa triste é uma gaiola e transformar o coração
e a mente em algo similar é doentio.
Vive aquele que liberta o outro,
até também ele ser livre para algo incognoscível.
Amar o mistério e o escondido.
Tomei Sêneca emprestado para escrever este texto
e quero findar com algumas palavras do mesmo:

"Meu discurso, se dirige aos imperfeitos, aos
medíocres e doentes. Não ao sábio...
tem consciência que a vida é algo que lhe foi dado
de empréstimo...
Existe a doença, o cativeiro, a ruína, o fogo.
Nenhuma dessas coisas é surpresa. Eu sabia
em que tumultuosa hospedaria a natureza
me enclausurou...
Grande parte dos homens,
não pensa sobre a tempestade ao embarcar."

* Sêneca - Da tranquilidade da Alma.

eliasmouret

Refazenda 4

Sobre as coisas e a jornada!

Longe está o dia da colheita...
O que precisamos perder para percebermos
que cedemos demais? É possível prescindir das virtudes?
Vivemos num tempo que parece abandonado
no próprio tempo. Um tempo de realizações melancólicas
de lembranças daquilo que não foi realizado,
não foi possível, do que se frustou por sua própria essência
ou pela ação violenta dos opositores.
Nosso mundo já é assim tão digno
que devamos abandonar nossas armas e viver como
simples pedaço de carne num reality show?
Eu mostro minha bunda, vc mostra suas coxas, ele o bíceps.
Ah, que gozo, que show do milhão.
E o amor afinal, que utilidade tem?
Com a letra "a" quantas coisas vc consegue enumerar
que não são possíveis de serem abandonadas?
Amor, amizade, ação, ascese...
Faça uma listinha, minha intenção é ver se pelo menos
conseguimos chegar a justiça ou virtude.
Quem sabe passagem ou silêncio.
É impressionante como o alfabeto de alguns é
extremamente limitado. Uma boca banguela
sem a sabedoria popular.
Eu imagino o dia em que voaremos livres pelo universo.
Enquanto isto, aqui, podemos carregar conosco
uma pequena 'bagagem de mão'. É ela que vai nos ajudar
a cruzar as fronteiras, a dispersá-las,
a superar a dicotomia esquerda-direita
a aposentar o passaporte, a enxugar as lágrimas.
Em nossa pequena maleta, bisaco, bornal, mochila,
poderia faltar a poesia, a indignação, o Tao?
É nosso coração e mente, que conduzem nossos pés,
embora alguns sejam feitos apenas de estômago
e obviamente vão me considerar um tolo sonhador.
Os sonhos então, onde estarão?
Eu os conduzo, eles me conduzem, somos amantes.
Vou levar comigo também, tempo, alegria e palavras,
agir e não-agir.
Não poderei deixar de lado os espinhos na carne.
Agreste também vai. Esta região que não é tão áspera
quanto o sertão, nem tão doce quanto a zona da mata
e seu açucar de escravos mascavos.
O que nós podemos abandonar,nossa dignidade?
É possível viver sem luta?
E por favor não vamos confundir viver com existir.
Sinto que me falta o rigor filosófico...
resolvo isto com filosofia.
Gosto de ipês roxos, rosas, amarelos e brancos.
Da sombra que refresca um dia de verão.
quando criança, minha mãe presnteou-me com um livro:
"A fazenda do Ipê amarelo". Nunca mais o vi.
Colocarei livro, cores, verão, sombra e água fresca,
coisa que falta a muita gente por aí,
gente que bebe de uma água salobra e amarga
de uma amargura que vem do ventre
que tinge de cinza ou verde o líquido da vida.
Dúvida também estará presente. Esta coisa que
me faz sofrer em delícias todos os dias e algo mais.
E sementes...
Acordei com indignação de palavras,
caminhando na corda estendida
entre o homem e o super-homem.
Levo também sexo e chocolate,
corrida solitária e apreciação filosófica
dos horizontes marítimos.
Sacrifício, coragem, oração e vitória.
Espanto , entrega e arte.
Deus, meu deus, porque me abandonaste?
Terei temores e uma janela.
Chuva, chuva chuva e o cheiro de terra que me agrada.
Fascinação e despedida.
Ontem encontrei com meus amigos da Trupe de Copas,
falamos de Shakespeare, de política cultural,
de estatutos. Como sempre, falei demais.
Acredito que este é um método de tentativa e erro.
Eu escrevo para eles, para vc, para mim mesmo.
Sim, para meus fantasmas e demônios.
Eu desejo para eles a santa indignação das palavras
do agir e do não-agir.
Nós caminhamos juntos e embora eu saiba, como disse
o profeta, que "um é o que planta e outro o que colhe"
uma luz ilumina minha alma.

eliasmouret

Refazenda 3


Domingo, Novembro 14

Eu Acuso!

Não deve haver nenhum tipo de apoio à arte.
Nenhum centavo deve ser gasto com esta coisa inútil,
que coloca vento na cabeça das pessoas.
Nada de editais, de apoios, de festivais,
de patrocínios. Nada de Mecenas.
Pelo fim da arte libertadora.
Nenhum investimento em arte, abaixo o desperdício.
eu acuso os empresários pernambucanos
e sua latente pernambucanidade.
Acuso-os de apoiar a arte e a cultura,
de promover o desenvolvimento humano
e a apreciação e criação estética.
Suas empresas patrocinam todos os festivais,
eventos, exposições, peças, filmes.
Suas marcas são amplamente divulgadas
em cartazes, banners, filipetas, chamadas no rádio e na tv.
Eu acuso estas pessoas de gastarem seu rico dinheiro
apoiando a arte,
quando deviam comprar um iate novo,
um carrão gigantesco e poluidor,
o maior transatlàntico do norte/nordeste.
Também os acuso de apoiar o brega, a música erudita
as exposições de artes plásticas, a ópera,
o teatro, a fotografia, o circo, a dança.
Não é possível mais suportar
tanto dinheiro da iniciativa privada pernambucana
sendo investido loucamente na cultura.
Para que isso? Para que cultura?
Economistas liberais me socorram...
não devemos deixar tudo a cargo do poder público?
Estou cansado de ver o apoio dado
pelas emprensas pernambucanas
ao pessoal da fotografia.
E os incríveis projetos culturais
desenvolvidos com o apoio das empresas
nacionais e estrangeiras
que se instalam em Suape, também me aborrece.
Este dinheiro todo poderia ser gasto
de outras formas.
Não nos falta em que investir.
Também estou cansado de ver o crescimento
desenfreado das fundações particulares,
não institutos, mas fundações,
que colocam recursos próprios
para desenvolver projetos.
Ah, como me deixa triste ver todas
aquelas marcas de empresas pernambucanas
apoiando o carnaval.
Um evento que diga-se, não traz nenhum benefício
para as empresas.
Não aumenta o consumo dos produtos que elas fabricam,
não lota os hotéis e pousadas,
não enche os motéis,
não vende cerveja e camisinha e agua mineral.
Não traz turistas para o estado ajudando a divulgar o mesmo.
É um aborrecimento ver o apoio
dado pela rede hoteleira do estado
a eventos como festival de inverno, carnaval, etc.
Não devemos gastar com estas coisas.
Não há nenhum benefício para os empresarios pernambucanos
na eterna divulgação dos nossos valores culturais.
Eu acuso os empresários pernambucanos
e aqueles que com eles se juntam para fazer negócios,
de divulgar nossos valores culturais,
além de investir altas quantias
apoiando, maracatus,blocos líricos, grupos de teatro,
coletivos fotograficos, músicos e cineastas.
Nenhum país pode se desenvolver desta maneira.
O bom e rico dinheiro, não pode ser gasto
cuidando do espírito.
Eu acuso os empresários pernambucanos
de desenvolverem uma ampla rede de espaços culturais
em bairros de periferia, que não valem nada.
( os bairros, claro).
Acuso-os de promoverem a arte, como um dos meios
de promoção humana, combate a violência
e melhora da auto-estima.
Acuso-os de promover a liberdade de expressão.
Eu acuso estas pessoas
pela sua imensa, irrestrita, dinâmica e persistente
responsabilidade social.

eliasmouret

Refazenda 2

Quinta-feira, Janeiro 27


Sobre Quase Sólidos!


É possível que não encontremos todas as respostas
e que duvidar um pouco mais seja nosso caminho.
O caminho largo e aberto é tb uma maneira,
um modo de viver, um convite.
Há uma pressa grande em definir o nosso tempo.
Modernidade, contemporaneidade, pós-modernidade
hiper-modernidade, modernidade líquida.
Os academicos adoram terminologias...
não podem viver sem elas.
A rosa, se tivesse um outro nome perderia seu perfume?*
Quase Sólidos, está interessado nos aromas,
nos odores agradaveis ou fétidos.
Tudo bem, escolha a sua terminologia e viva.
Compromissos duradouros, podem ser postos de lado
a qualquer instante.
Nós passeamos pelas ruas e assistimos
a queda do modelo clássico do absolutismo europeu.
Famintos comemos com os olhos, os ouvidos,
os sentidos todos. A boca é insuficiente.
Quase Sólidos é uma oração de excomungados.
Santa Criança da cabeceira da ponte,
o senhor é contigo.
É com as massas árabes revoltadas.
Nada na peça me pertence, pois tudo é meu,
meu desejo e abandono.
Ontem descobri que quase tudo é mentira,
não era verdade, o que vc disse,
não era verdade o nosso acordo.
Sim, nossos acordos são quebrados a todo instante,
ou não entendemos muito bem sobre o que
estamos de acordo.
É possível que olhando para a mesma coisa
estejamos vendo coisas diferentes.
Provavelmente a nós mesmos.
Quase Sólidos é um chamado para olhar para si.
Descobrir um pouco do mundo, retomá-lo,
arriscar, abismar.
Correr riscos pode ser um bom sentido para a vida.
Não acha?
Por favor, não fale em arriscar com segurança, que isto
não existe.
O que precisamos é de prática em se esborrachar...
amar um cachorro, um ideal, uma pessoa, várias pessoas.
Ontem, depois do ensaio, atravessando a ponte,
vi uma mulher e uma criança e outra mulher e outra criança
num infinito cujo sentido me escapa
e não senti nenhum pavor.
Acho até que encontrei uma certa beleza em não saber.
Ou saber de outras formas.
Não se preocupe se vc não compreender tudo
em Quase Sólidos ou na vida, tenho impressão
que diretor, atores, sonoplasta, compartilham
por vezes, da mesma sensação.
Um novo começo para cada nova madrugada.
As viagens são os viajantes. O quase é nada...

* Romeu inicia a peça apaixonado por Rosaline.

eliasmouret

Refazenda 1

Segunda-feira, Fevereiro 14

Memória Curta.

O que faremos com o pouco tempo que nos é dado?
Em uma hora, apresentamos uma peça.
Confusa para alguns, forte para outros, incisiva.
Nós podemos passar pela vida sem sonhos e ideais,
isto é mais comum do que se pensa.
Os que deixam os sonhos ausentes, não tem garantias
quanto as desilusões. Elas aparecem de todo modo.
Lembrei quando comecei a teatralizar as coisas,
num pequeno grupo do interior.
Comunistas, vagabundos, maconheiros e outros apelidos carinhosos.
Apresentávamos e chovia dentro do teatro...
Errávamos em tudo. Atores, dramaturgia, encenação,
tudo escapava pelos nossos dedos jovens e longos.
Nós sempre pensamos poder abraçar tudo.
Tudo acolher, destruir, reerguer, endireitar.
Os braços ficam curtos, ás vezes, mais que os dedos.
E os sonhos parecem ser grandes ilusões, que não perdoam
as nossas melhores intenções. Toda a nossa busca artística,
misturada com desejos de mudanças sociais,
de liberação dos sentidos, era permeada,
invadida, atacada pelo dia a dia vazio, pela desilusão,
pelo fracasso.
Como manter tudo aquilo diante da ausência de grana,
do outro, de si mesmo.
Cada um viu até onde o olho alcançava, tocou o que podia
e seguiu seu caminho. Os olhos não são iguais.
Nada é igual, tudo flutua.
Os risos não são concessões, as lágrimas não são as
únicas verdades humanas.
Se ficamos parados, outros saem e vão viver nossa vida.
Nenhuma redoma pode proteger o homem,
nenhuma couraça pode livrá-lo das feridas,
nenhum amor pode poupá-lo do sofrimento
e da perda.
Que o desespero não nos tome e a covardia não nos guie.
Esconder-se não traz nenhuma garantia,
mas é uma passagem certa para a vida medíocre.
Esta ainda assim, não te protegerá de nada.
Amamos então tudo o que passa, todos os sonhos,
todos os desejos e a luta.
Nossa couraça é quase sólida, por entre suas frestas
brilham nossos espíritos e anseios,
nossas lágrimas e sorrisos se misturam,
adornam e incensam a prece dos dias.
Bendito seja o sonhador, o que erra, o que ousa.
Grandes são suas desilusões,
maior é ele mesmo.

Quase Sólidos apresentou-se no
Janeiro de Grandes Espetáculos.
A Trupe agradece o convite.

eliasmouret